Quem nunca ouviu falar sobre essa temida doença. Mas será que você está dando a devida atenção a essa condição? Pergunto isso porque muitos confundem “dor nos ossos” com a Osteoporose. E aqui vale um esclarecimento importante: a osteoporose é conhecida como “Doença Silenciosa”, isso porque muitos só vão descobrir que ela tem sido uma companheira após a primeira fratura!
Segundo dados americanos, 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens maiores de 50 anos vão sofrer uma fratura devido à Osteoporose. Na verdade, um osso vai quebrar a cada 3 segundos devido a essa doença, sendo que 70% dessas fraturas ocorrem em mulheres. Os custos nos EUA com o tratamento dessas pessoas ultrapassam os 25 bilhões de dólares ao ano.
Ela leva a uma fragilidade óssea com alterações na arquitetura dos ossos e o seu desfecho são as fraturas por baixo impacto. Isso quer dizer que aquele “tombo bobo” pode quebrar até mesmo um osso como o da coxa. Os locais mais afetados são as vértebras, punho e o quadril.
Os fatores de risco mais comuns são: idade, sexo feminino, raça branca, história pessoal ou familiar de fraturas, baixo peso, uso contínuo de corticoides e os fatores ambientais, como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e baixa ingestão de cálcio.
Em uma primeira avaliação médica serão solicitados alguns exames básicos para determinar se há osteoporose, sua gravidade e se há alguma doença específica levando a ela. Nesse encontro serão determinados também os fatores de risco e como poderemos evitá-los.
É importante enfatizar que, embora não possamos alterar a maioria desses fatores, está em nossas mãos, e principalmente nas mãos dos pacientes, agirem para mudar seus hábitos de vida. Por exemplo, nosso pico de massa óssea é atingido no final da adolescência e mantido até aproximadamente os 50 anos. É nessa fase que podemos contribuir para deixar nossos ossos ainda mais fortes, com exercícios físicos regulares e uma boa alimentação.
Nesse sentido está focado a parte principal do tratamento com introdução de exercícios físicos, visando o fortalecimento muscular. E se você acha que está velho demais para isso, está na hora de mudar essa visão. Porque os exercícios, não só vão melhorar a osteoporose, como ajudar no equilíbrio, na memória e na qualidade do sono.
Deveremos também melhorar a ingestão diária de cálcio com leite e seus derivados, além de melhorar o acesso à Vitamina D. Ela é produzida pelo nosso corpo com a ajuda do sol, mas frente aos riscos que a exposição solar pode causar, devemos pensar em suplementação.
Várias medicações poderão ser usadas e suas indicações serão avaliadas e ponderadas pelo seu médico de confiança.
Vale lembrar que prevenir é o melhor remédio, e aqui listamos algumas dicas: retirar tapetes para evitar o risco de “tropeções”, diminuir, se possível, o uso de medicamentos sedativos, acender as luzes ao levantar a noite, colocar barras de proteção no banheiro e evitar o uso de sapatos com solados escorregadios.
Toda essa preocupação se justifica ao pensarmos que 5% dos idosos que são internados devido a uma fratura por osteoporose morrem durante essa internação, sendo 12% nos 3 meses seguintes e 20% no ano seguinte. Os números assustam e por isso o tratamento precoce e a prevenção são o melhor caminho. Estaremos aqui para ajudá-los no que for preciso!