A mão conta com 27 ossos, além de tendões e cartilagens, e é considerada uma das regiões mais delicadas do corpo humano. Geralmente, pode ser necessário realizar procedimentos para corrigir complicações que surgem nessa área. Um desses tratamentos é a cirurgia da mão.
A cirurgia da mão pode ser realizada para o tratamento de fraturas da mão e do punho, decorrentes de quedas, acidentes e batidas de carro, por exemplo. Os ossos das mãos incluem os metatarsos e as falanges. Para colocá-los de volta ao seu lugar e garantir sua cicatrização completa é preciso ser feita a cirurgia da mão.
Em casos mais graves, pode ser necessária a utilização de placas e parafusos para melhor fixação do osso. Algumas deformidades congênitas também podem ser tratadas através da cirurgia da mão, para dar ao paciente uma melhor qualidade de vida e movimentação.
Problemas como a Síndrome do Túnel do Carpo, dedo em gatilho, entorses do polegar, fraturas do escafóide entre outras complicações, são condições que dependendo da gravidade, podem ser tratadas também com a cirurgia da mão.
Algumas cirurgias para consertar fraturas no cotovelo também podem ser realizadas em conjunto com a cirurgia da mão.
Síndrome do Túnel do Carpo
A síndrome do túnel do carpo é bastante comum nos consultórios de ortopedia. O principal sintoma do túnel do carpo é a dormência nas mãos, junto com a sensação de formigamento, que geralmente acontece à noite na região interna da mão na linha do polegar.
Esse síndrome atrapalha o dia a dia do paciente, uma vez que dificulta o manuseio com objetos e executar atividades simples como usar uma pinça, se maquiar, colocar a linha em um agulha, ou até mesmo segurar um copo ou xícara.
O resultado da síndrome é caracterizado pela compressão do nervo mediano em um canal localizado no pulso, o túnel do carpo. Sua causa principal são alterações hormonais que ocorrem nas mulheres após a menopausa.
Essa doença apresenta fatores de risco, podendo aumentar suas chances de aparecimento ou agravar uma lesão já existente como:
- Anatomia do pulso: quedas e fraturas;
- Inflamatórias: artrite reumatóide;
- Hormonais;
- Medicamentosas;
A estrutura física do punho pode influenciar no aparecimento da síndrome. Se o paciente teve algum deslocamento ou fratura nessa região, o canal do nervo pode ter se estreitado e vindo, assim, a causar uma pressão excessiva sobre o nervo.
Da mesma forma, essa pode ser uma das explicações para o porquê de mulheres terem mais chance de desenvolver a doença, pois apresentam uma área menor de túnel do carpo que os homens, havendo mais chance de lesão se ocorrer algo errado.
E, por último, outras doenças podem influenciar ou facilitar o aparecimento da síndrome de túnel do carpo, como:
- Inflamações nas articulações que afetam os tendões do pulso;
- Retenção de líquidos, por questões hormonais ou não, que podem aumentar a pressão no nervo;
- Obesidade ou até trabalho com ferramentas vibratórias ou movimentos repetitivos;
Alguns sintomas para identificar o desenvolvimento da síndrome do túnel do carpo incluem:
- Dormência ou formigamento do polegar, dedos indicador, médio e anular;
- Dormência ou formigamento da palma da mão;
- Dor no punho ou que se estenda até o cotovelo;
- Fraqueza ou debilidade de movimentos, principalmente de pinça; entre outros.
Dedo em gatilho
O dedo em gatilho é conhecido cientificamente como tenossinovite estenosante é um processo inflamatório dos tendões flexores (que dobram) dos dedos. Como o tendão passa por dentro de túneis, quando ele incha, fica preso e o dedo fica dobrado. Para esticar tem que fazer força e ele pula como se fosse um gatilho.
Além da limitação funcional, o paciente tem dor. Na maioria das vezes não se sabe a causa, mas pode estar associado a esforços, movimentos de repetição, traumas, e doenças como as reumáticas, diabetes e hipotiroidismo, também podendo ser congênito. Pode atingir um dedo ou mais, ao mesmo tempo ou em tempos diferentes.
O tratamento inicial é clínico, com o uso de anti-inflamatórios e fisioterapias. Quando não melhora pode ser feita uma infiltração com corticóides. Nos casos resistentes é indicado o tratamento cirúrgico quando se faz uma abertura no túnel que está prendendo o tendão.
Fraturas em crianças
Pensar na possibilidade de ver nossos filhos machucados é assustador. E a época das férias escolares, por mais gostosas que sejam, pode representar uma chance maior para aqueles arranhões ou até lesões mais graves.
A maioria das estatísticas apontam que os meninos têm maior chance de sofrer uma fratura e a idade com maior incidência é os 12 anos. Mas isso também varia de acordo com o local do corpo afetado.
Por exemplo, fraturas do cotovelo são mais comuns aos 7 anos, do fêmur (coxa) entre 0-3 anos. No geral, os membros superiores são os mais afetados, sendo que o punho é o local com maior chance de apresentar uma fratura, seguido pelo úmero (braço), tíbia (perna), clavícula e o fêmur.
Antigamente, quase todas as fraturas eram tratadas sem cirurgias, baseado no poder que os ossos das crianças têm de se remodelar, ou seja, as crianças conseguem, com o crescimento, endireitar alguns desvios que possam ter ficado.
Essa capacidade é real e muito importante, mas, hoje, com a maior segurança da anestesia e com a melhoria das técnicas empregadas, a cirurgia passou a ser mais utilizada.
E podemos fazer isso com poucos cortes, o que chamamos de cirurgias não invasivas ou técnicas percutâneas, que é um jeito difícil de explicar que vamos colocar os ossinhos no lugar e lançar mão de métodos temporários para mantê-los lá até que a natureza faça seu papel de colar os pedacinhos.
Se você está se perguntando se o gesso é coisa do passado, a resposta é não! Ele ainda é necessário e as crianças o toleram bem por curtos períodos. Isso porque esses métodos necessitam de uma ajudinha do gesso para sustentar tudo no lugar temporariamente.
Um outro ponto que devemos prestar atenção nas crianças é que elas têm áreas especiais nos seus ossos responsáveis pelo crescimento. Esse local deve ser avaliado com mais cuidado para a decisão final quanto ao tratamento porque essas lesões podem, raramente, levar a problemas no crescimento.
Nem sempre podemos evitar um machucado, mas se tomarmos algumas precauções, os riscos podem ser minimizados.
Por exemplo, prestar atenção na qualidade dos brinquedos e se eles são seguros, escolher parquinhos com boa manutenção, usar equipamentos de segurança, como capacete para andar de bicicleta, joelheiras para skate ou patins, luvas para os goleiros.
Os métodos cirúrgicos estão mais desenvolvidos e, quando bem indicados, trarão benefícios à criança. Tratar sem cirurgia também dá muito certo continua no nosso arsenal terapêutico. O que importa é avaliar cada caso individualmente e com muito bom senso.
Quer saber mais sobre cirurgia da mão? Entre em contato com a Clínica Ortopédica Paulista.