Dores na região da virilha, parte da frente ou lateral da coxa, glúteo e até no joelho podem ser indicadores de problemas no quadril.
Articulação entre a bacia, na sua porção conhecida como acetábulo, e o fêmur em sua parte mais superior (cabeça femoral), o quadril é uma articulação esferoide, do tipo bola x soquete, conecta e transfere todo peso do tronco para os membros inferiores e é extremamente utilizada nas atividades mais simples do dia a dia, como o simples andar, agachar, subir escadas, etc.
Seu desenho peculiar, permite uma grande possibilidade de combinações de movimentos, e pequenas alterações no seu funcionamento, podem impactar de forma bem evidente na mobilidade da pessoa.
Patologias congênitas, da época da infância e crescimento, traumas, fraturas, doenças que provocam inflamações(reumatológicas), idade e o próprio uso, podem ser a origem das diversas patologias que podem acometer essa região do corpo. Atividades de mais alto impacto, tais como corridas, futebol de quadra ou de salão, tênis e algumas artes marciais que levam o quadril aos seus limites de movimento podem gerar lesões que se não cuidadas podem evoluir com dor.
Bursite Trocantérica
Sabe aquela dor chata, na face lateral da coxa próximo ao quadril? Ao subir escadas? Ao deitar de lado? Ela pode ser a bursite trocantérica! Apesar do conhecimento popular, “ah é só uma bursite“, é uma patologia que tem sido estudada mais profundamente e as descobertas são bem interessantes.
Começando do começo: O que é a bursa? Onde ela fica?
A bursa nada mais é que um tecido que funciona como amortecedor de impacto entre diferentes estruturas, e sim, temos várias delas espalhadas pelo corpo, ombro, cotovelo, joelho e também no quadril. No caso deste último, vamos diretamente a que mais costuma ser afetada: a Bursa Trocantérica, que se localiza bem na região do trocanter maior (daí o nome), entre esse acidente ósseo, o tendão do músculo glúteo médio e a estrutura conhecida como banda-iliotibial. Quando uma bursa inflama chamamos finalmente de bursite.
Por que? – Normalmente a bursa por si só dificilmente passa por um processo inflamatório, diferenças anatômicas na região do quadril, tendinites e lesões do tendão glúteo, traumas graves, dismetrias nos membros inferiores, exercícios realizados de forma errada e patologias ortopédicas da própria articulação (artroses, etc.), podem ser causa e devem ser pesquisadas com o intuito de, uma vez definido o diagnóstico, orientar o tratamento e possibilitar a prevenção de novas inflamações.
Diagnóstico: O diagnóstico da bursite é essencialmente feito pelo médico em seu exame clínico, e suas causas podem ser pesquisadas com o auxilio de exames de imagem como Raio-x, Ultra Som e Ressonância Magnética, porém como há a possibilidade alta de falsos positivos, nem sempre o exame complementar é o que define o tratamento.
Outros diagnósticos: Problemas na coluna, inflamações dos tendões por uso de medicamentos e/ou esteroides anabolizantes, síndrome do piriforme e outras afecções no anel pélvico podem causar dores muito parecidas com a bursite.
Tratamento: Essencialmente tratar a causa, mudanças de hábitos e de atividades, tratamentos fisioterápicos e de controle de dor, além de medicações anti-inflamatórias e mais raramente infiltrações, sendo os procedimentos cirúrgicos reservados a causas muito específicas. Feito de forma criteriosa, o tratamento costuma aliviar e acabar com as dores, e a prevenção pode manter o paciente confortável, sendo assim procure um especialista em quadril para uma orientação adequada!