Essa história de ondas de choque vem desde a época das guerras e suas bombas. Mas, com o tempo e muitos estudos, essas ondas, que antes feriam, hoje nos ajudam a curar muitas doenças. Na medicina, tudo começou com uso dessa terapia para “quebrar” as pedrinhas incômodas dos rins. Atualmente, a terapia por ondas de choque extracorpórea tem trazido muitos benefícios na área da ortopedia, evitando até alguns casos de cirurgias.
Na verdade não tem “choque” nenhum. Essas ondas são ondas acústicas de alta energia que modificam algumas propriedades dos nossos tecidos, recrutando substâncias que vão agir em nosso favor, regenerando lesões crônicas. E essa é sua melhor indicação: doenças ortopédicas crônicas que não melhoraram com outros tratamentos e pode ser tentada antes de um procedimento mais invasivo. Alguns exemplos são: Tendinite Calcárea do Ombro, Epicondilites, Bursite trocantérica, Tendinite Patelar, Tendinopatia do Aquiles, Fascite Plantar, entre outras. Venha conhecer esse novo tratamento.
Princípios do Tratamento
As ondas de choque são uma onda acústica com duração rápida e curta que carrega energia e se propaga pelos tecidos, sendo um estímulo mecânico que induz efeitos biológicos. A Terapia por Ondas de Choque Extracorpórea atua como esse estímulo com o objetivo de promover o processo de cura nos tecidos através da mecanotransdução.
Os efeitos são de regeneração tecidual, angiogênese, remodelação óssea e anti-inflamatória. O mecanismo de ação exato pelo qual a terapia produz seus efeitos ainda não está totalmente elucidado, mas sua aplicação vem ganhando cada vez mais espaço e cada vez mais evidência científica. É uma modalidade de tratamento não invasiva e efetiva que pode substituir uma cirurgia e seus riscos, quando bem indicada e aplicada.
Para quem está indicado:
A terapia por ondas de choque pode ajudar quem tem as seguintes patologias CRÔNICAS, com sintomas com duração de três meses ou mais, em que outros tratamentos convencionais não foram efetivos:
- Calcificações Periarticulares dos Ombros (Tendinite Calcárea);
- Epicondilite Lateral e Epicondilite Medial (Cotovelo de Tenista e Golfista);
- Síndrome dolorosa do grande trocânter (Bursite trocantérica);
- Tendinite Patelar;
- Tendinopatia do Aquiles (Tendão Calcâneo);
- Fasciíte Plantar Com ou Sem Esporão;
- Tendinopatia do tendão Calcâneo (Aquileana);
- Pseudoartrose (Fraturas Não Consolidadas) ou Retardo da Consolidação;
- Fraturas por estresse;
- Necrose Avascular óssea, sem desarranjo articular;
- Síndrome dolorosa miofascial (Pontos de Gatilho);
- Feridas não cicatrizadas;
- Úlceras de Pele.
O tratamento consiste em pelo menos 3 sessões, sendo 1 por semana, podendo chegar até 6 sessões, dependendo de cada caso.
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Para quem não está indicado o tratamento por ondas de choque
O tratamento por ondas de choque extracorpórea deve ser realizada após uma indicação feita por um MÉDICO e tem como contra-indicação os seguintes itens:
- Paciente tendo anormalidade na coagulação sanguínea (coagulopatia) ou que esteja tomando algum tipo de anticoagulante;
- Paciente grávida;
- Doença primária maligna (tumores) na área de tratamento;
- Epífises de crescimento no foco (crianças);
- Tecido pulmonar no foco;
- Infecção aguda de tecido mole ou osso;
- Infecções sistêmicas;
- Tratamento no crânio, coluna vertebral e costelas;
- Uso de marca-passo (aplicação próxima);
- Epilepsia;
- Vasos ou nervos maiores no foco;
- Infiltração de corticosteróides no local da aplicação nas últimas 6 semanas;
- Paciente com alto risco de algum tipo de anestesia ou analgesia quando eventualmente tenha que ser utilizada.